25.10.06

cartograma#48 - o campo

o campo
platô de intensidade zero, plano de imanência, plano de consistência, substância.


sobre a figura: tentativa de expressão da matriz intensiva, derivada e amplificada de forma elementar com ferramentas digitais rudimentares oferecidas por softwares massivos da Kodak, com finalização gráfica precária no Paint Brush. imagem-base tomada de uma fotografia do olho, escolhida e desvirtuada como forma de apresentar o campo intensivo aquém da visão. uma caricatura do olhar. registra o ponto esparso sob qualquer ângulo de visão, procurando nossa dimensão pré-perceptiva, sensorial. sensorialidade do corpo. é necessário estabelecer uma distinção entre sensação, percepção e cognição. deslizando sob a imagem espetacular e seu entendimento, sob a função imagética do olhar e a estrutura do saber, deslizando sob os territórios, um fluxo intensivo, o campo das vibrações, das afetações. o platô com intensidade = zero atingindo a interface orgânica, pode ou não ser percebido e pode ou não ultrapassar o limiar cognitivo, na inteligência ou na memória. o plano de imanência ou de consistência é substância intensiva que atravessa a carne; deste plano de sensorialidade é que se destacarão fragmentos na forma da visão ou da imagem. no intensivo, o corpo não trabalha com a imagem; o intensivo é um abismo, a percepção é sua borda, a cognição é seu mapa.

- variações do campo ao território:

ou

- o que se passou?


zona de cor outra, zonas de cor = segmentaridade maleável, territorialidades flexíveis –ecologias, subjetividades, dimensões e matérias que atingem forma expressiva, parcial ou plenamente inteligíveis, quase-estruturas ou estruturas abertas. zonas de expressão modulada desde a substância primeira: do olho ao olhar, do olhar ao ver, imagem em movimento. zona de utilidade, identificação. zona do possível onde ele já pode ser iimaginado em evento. zona preta = segmentaridade dura. energias tangentes de captura; impulsos de permanência. forças tangentes cuja tendência é estacionária e parasitária, onde o olho, o olhar e a visão tendem ao Mesmo. movimento de circunscrição. zona do possível onde ele tende ao Mesmo. o círculo central em torno do núcleo representa a tendência massiva de centralização e organização, tendência capitalística do equivalente comum. agregação de forças dispersas no vórtex unitário, para onde tende toda a dureza que dali mesmo se irradia. zona branca = zona de fuga, escape. zonas ditas fronteiriças ou marginais. o fronteiriço e o marginal ocorrendo entre os centros e nas periferias. zonas do possível, mesmo que o possível não tenha sido convertido em evento, nem possa ser imaginado enquanto tal; alta dose de imprevisibilidade e virtude dissidente radicalmente dissidente. zona cinza = pontas de escape tanto ao dado quanto ao possível. futuros insondáveis. aquilo que ainda não existe.

a figura do campo seria melhor entendida se ganhasse espessura e profundidade, multidimensionalidade e movimento (ver figura do fractal no cartograma#50 para representação gráfica mais adequadas insinuando interpretações mais caóticas. utilizar substâncias de expansão do campo perceptivo antes.)

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