foram-se as máquinas,
ficaram as páginas, cumplicidades.
à mão, rabisco toda a nova história.
perdi no vazio o primeiro capítulo das ciências doutas,
ganhei as linhas retas das janelas,
a anarquia das flores,
métrica orgânica,
poesia torta.
hoje já e amanhã, selva e concreto.
foram-se as máquinas,
vagaram-se todos.
restou-me o marcapasso a avivar-me o coração ofegante em lembranças
tamborilando saudades do solo natal.
-rio, 05.01.07.
Nenhum comentário:
Postar um comentário