"Com nossos instrumentos, detectamos hoje mundos de cuja existência o homem não tinha a menor idéia. Somos capazes de mapear domínios de mundos além de nosso alcance atual, porque nossas mentes já estão receptivas à luz que delas emana. Ao mesmo tempo, também nos tornamos capazes de visualizar nossa própria destruição por atacado. Mas estamos paralisados ou congelados? Não. Nossa fé é maior do que ousamos admitir. Percebemos a magnificência da vida eterna que é a do homem e que sempre negamos. Apesar de todo nosso orgulho e vaidade, comportamo-nos como se não soubéssemos nada acerca de nossa verdadeira herança. Protestamos que somos apenas humanos, humanos demais. Mas, se fôssemos de fato humanos, seríamos capazes de tudo, estaríamos prontos para todas as exigências, conheceríamos todas as condições da existência. Precisamos nos lembrar diariamente, repetir como uma litania, que em nosso ser encontra-se encerrada toda a gama da existência. Devemos parar de adorar e começar a inspirar adoração. Acima de tudo, deveríamos parar de adiar o ato de nos tornarmos o que, em fato e essência, somos.
´Prefiro´, escreveu Van Gogh, ´pintar os olhos dos homens do que as catedrais, porque existe alguma coisa nos olhos dos homens que não se encontra nas catedrais, por mais majestosas e imponentes que sejam...´".
´Prefiro´, escreveu Van Gogh, ´pintar os olhos dos homens do que as catedrais, porque existe alguma coisa nos olhos dos homens que não se encontra nas catedrais, por mais majestosas e imponentes que sejam...´".
- Henry Miller, Plexus, cap.2, p.93.
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