1.
Olhar o desmoronamento grande
da tarde e o das palavras gordas
em glaromas de amil e penubis.
Mover a voz, porém como navios
que afundam nágua sua força finda.
Com estas mornas flores de oromãs
morigerantes ou cansadas corças
em remouro, e palmas árvores, mãos,
dispor gestos delgados, delicadas
pendências, breves milagres, contas
de coloraina em tua pele aeromaterna,
e com cuidados-orvalho e penetrando
e com singelos de vidro e penetrando
nesse interregno de tuas coxas
enluernar teu coração de esperma.
"o coração final", pte. 1, da coletânea Poesia 1949-1979.
Nenhum comentário:
Postar um comentário