Pela sutileza, então, resolvi chover.
E chovi durante toda uma tarde da casa.
Chovi sem pressa e no necessário da calma,
lavando meu chão e um bom tanto da alma,
limpando no ar os meus cinco sentidos.
Na janela, agora, adiantado da hora,
toco a espessura do ar, umidade,
trago à boca uma gota,
sinto seu gosto, cheiro e leveza.
Da noite que cai, quero sonhar a beleza,
música suave que inunda e inverte a cidade.
[Porto Alegre, Bom Fim, Jolacre, num entardecer chuvoso, meados de 2004]
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